Importância e Cuidados com Sistemas de Detecção e Monitoramento de Gases e Fumaça

Importância e Cuidados com Sistemas de Detecção e Monitoramento de Gases e Fumaça

Atualmente, sistemas de monitoramento e segurança contínua contra vazamentos que possam gerar explosões e incêndios são bastante requisitados tanto para proteção do capital industrial e predial, bem como, para proteção do patrimônio humano. 

Um monitoramento contínuo se aplica a situações onde há possibilidade de vazamentos de gases com potencial tóxico/inflamável/explosivo como por exemplo; na proximidade de equipamentos, locais de trânsito intenso de veículos/pessoas, estações de abastecimento e locais de difícil acesso. 

Tais sistemas para monitoramento de gases assistem aos mais variados ramos industriais onde podemos citar as refinarias, empresas químicas, plataformas de petróleo, aplicações automotivas, compressores, turbinas, geradores, processos perigosos, usinas de energia, etc. Já o monitoramento de fumaça geralmente é aplicado em locais fechados como em prédios administrativos, estabelecimentos comerciais, aeroportos, ou em conjunto com monitoramento de gases em plantas industriais, etc.

Conheça os tipos de sensores

Existem uma grande variedade de tipos de sensores disponíveis podendo serem endereçáveis (caso de comunicação em rede) ou não. Um estudo minucioso para a identificação do tipo mais apropriado para a instalação deve ser feito no momento da elaboração do projeto. Os tipos mais comuns nas aplicações são:

  • Catalíticos;
  • Gases tóxicos;
  • Infravermelhos (IR);
  • Ultravioleta (UV);
  • Fotoelétricos;
  • Chama;
  • Térmicos;
  • Iônicos.

Existem também uma grande variedade de tecnologias empregadas para interligação entre dispositivos, o que traz facilidades na manutenção, configuração e também diagnósticos em caso de falhas. Dentre eles podemos citar:

  • Topologia em rede (anel);
  • Modbus;
  • Hart;
  • Tradicional 4 a 20 mA entre outros.

É comum nestes sistemas serem empregados dispositivos para reconhecimento e controle como:

  • Alarmes sonoros; 
  • Visuais e audiovisuais; 
  • Botoeiras; 
  • Estações com sistemas supervisórios; 
  • Interfaces de comando para disparos de sistemas de extinção de fogo (canhões de incêndio, sprinklers, entre outros). 

Os alarmes ou indicações dentro do %LEL (Lower Explosive Limit) monitorado, ou seja, a concentração entre a qual uma mistura gasosa é explosiva ou inflamável, podem ser visualizados em centrais dedicadas, no próprio sensor/transmissor ou os sinais podem ser conduzidos para telas de sistemas supervisórios para acompanhamento em tempo real do operador na sala de controle.

Geralmente falhas em um sistema de monitoramento e segurança geram o que se chama de “alarmes falsos” podendo causar muitos inconvenientes como por exemplo: disparos acidentais de alarmes sonoros/visuais podem provocar a evacuação dos trabalhadores dos seus postos de trabalho provocando perdas de produção. Podem provocar disparos acidentais de canhões de combate a incêndio e sistemas de bombeamento de água. Também podem provocar deslocamento desnecessário do pessoal da segurança e manutenção para investigar a causa do alarme/da falha e principalmente, promover um desacreditamento do sistema instalado gerando uma falta de atenção em uma situação real.

O que fazer para garantir o funcionamento adequado do sistema de monitoramento

Para garantir o funcionamento adequado e seguro do sistema de monitoramento e segurança, a elaboração de um plano de manutenção preventiva visando promover uma verificação geral deve ser elaborada. É necessário levar em consideração uma verificação do estado de conservação, limpeza, presença de umidade e eventual checagem de conexões dos elementos que constituem o sistema como um todo, mas dando maior relevância aos itens instalados em condições ambiente e também em condições severas. Uma rotina de testes nos sistemas que apresentam disparos de componentes de forma automática (sirenes, canhões com água, alarmes em painéis, etc) devem ser executadas periodicamente visando garantir o funcionamento dos mesmos em uma eventual emergência.

No que se refere aos dispositivos que entram em contato com gases e fumaça, uma verificação/calibração periódica de cada sensor/detector dentro do LEL (%) do gás específico utilizando gás padrão de calibração ou padrão de fumaça também devem ser executadas periodicamente. 

É recomendável sempre em função da complexidade dos sistemas, ter cuidado na seleção da mão de obra. Recorrer a pessoal habilitado e com treinamento especializado é uma garantia adicional que o sistema será bem analisado e verificado, aumentando consideravelmente a ótima operação e confiabilidade do mesmo. 

Autor: Luciano Hennemann

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