NR-13 – Saiba o que é e como são realizadas inspeções
NR-13 é a norma que estabelece requisitos técnicos e de segurança mínimos para gestão da integridade estrutural de caldeiras. Isto é, podendo ser a vapor, vasos de pressão e suas tubulações de interligação. Ou seja, sendo relacionados aos aspectos de instalação, inspeção, operação e manutenção, visando os trabalhadores.
Entretanto, o não cumprimento dessa norma, pode acarretar acidentes de proporções catastróficas, podendo explodir uma unidade inteira.
A dúvida que muitas pessoas e empresas possuem é quando a NR-13 é aplicada. Mas, a maneira mais correta de saber isso é contratando um PH (Profissional Habilitado) que deverá ser um engenheiro mecânico, ele analisará o projeto e a construção para saber elaborar o prontuário de acordo com a norma.
NR 13 e classificação das caldeiras
A níveis mais gerenciais, as caldeiras são classificadas basicamente em duas categorias:
- Caldeiras da categoria A:
São aquelas cuja pressão de operação é igual ou superior a 1960 kPa (19,98 kgf/cm2), com volume superior a 50 L (cinquenta litros);
- Caldeiras da categoria B:
Onde a pressão de operação seja superior a 60 kPa (0,61 kgf/cm2) e inferior a 1960 kPa (19,98 kgf/cm2). Visto que, o volume interno seja superior a 50 L (cinquenta litros) e o produto entre a pressão de operação em kPa e o volume interno em m³ seja superior a 6 (seis).
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Enquadramento dos vasos de pressão
Para vasos de pressão, o enquadramento é conforme os dois casos abaixo:
- Em princípio, o produto P.V seja superior a 8 (oito), onde P é a pressão máxima de operação em kPa, em módulo, e V o seu volume interno em m³;
- Contenham fluido da classe A, especificados NR-13, independente das dimensões e do produto P.V;
Além das caldeiras e vasos de pressão, recipientes móveis com P.V superior a 8 (oito) ou com fluido da classe A (especificado na NR-13), também são classificados.
A última revisão da NR-13 passou a enquadrar tubulações junto com as caldeiras e vasos de pressão. No entanto, para esse item deverá ser tratado com um prontuário e inspeções a parte dos equipamentos.
Assim sendo, as empresas que possuem tubulações e sistemas de tubulações enquadradas devem possuir um programa e um plano de inspeção que considere, no mínimo, as variáveis, condições e premissas descritas abaixo:
- os fluidos transportados;
- a pressão de trabalho;
- a temperatura de trabalho;
- os mecanismos de danos previsíveis;
- as consequências para os trabalhadores, instalações e meio ambiente trazidas por possíveis falhas das tubulações.
Checklist para as inspeções NR-13:
Segurança:
- Liberação da área pela segurança (setor responsável) assegurando a inexistência de gases tóxicos ou explosivos. E, que todo componente elétrico que faça parte integrante do sistema esteja bloqueado.
- Verificação do acesso e iluminação a prova de explosão são seguros.
- Sempre usar o EPI adequado para cada caso
- Verificar o aterramento do equipamento
- Nunca realizar inspeções sozinho
- Solicitar a permissão de trabalho para o setor responsável.
Preparação para inspeção:
- Fazer levantamento de quais ferramentas serão necessárias;
- Calibração dos instrumentos que serão utilizados na inspeção;
- Iluminação no local da inspeção está de acordo;
- Verificar se a ventilação está de acordo.
Inspeção interna ao equipamento:
- Primeiramente, checar a integridade interna em relação a corrosão, defeitos visuais de soldagem ou descontinuidades;
- Analisar a situação dos componentes internos referente a fixação, deformação etc;
- Ver a integridade do filtro;
- Verificar a possibilidade de rotas preferidas para elementos sólidos;
- Conferir a condição física do revestimento interno;
- Então fazer inspeção com boroscópio quando não for possível fazer visualmente;
- Inspecionar os medidores de níveis quando aplicável;
- Observar as soldas internas sempre que houverem, usando sempre o NDT Plan;
- Dessa forma, quando for detectado não conformidades, realizar ensaios não destrutíveis como LP , US ou Raio X.
Emissão de relatório e prontuário de NR-13
Após realizadas as inspeções, o PH emitirá um relatório com uma lista de verificações e um registro fotográfico relatando toda situação executada. Em seguida, quais adequações serão realizadas, sejam elas nos equipamentos ou nas tubulações.
Depois que, toda a inspeção for aprovada, o PH pode então fazer a emissão do prontuário, esse deverá conter as seguintes informações mínimas:
- Código de projeto e ano de edição;
- Especificação dos materiais;
- Procedimentos utilizados na fabricação, montagem e inspeção final;
- Metodologia para estabelecimento da PMTA (Pressão máxima de trabalho admissível);
- Conjunto de desenhos e demais dados necessários para o monitoramento da sua vida útil;
- Pressão máxima de operação;
- Registros documentais do teste hidrostático;
- Características funcionais, atualizadas pelo empregador sempre que alteradas as originais;
- Dados dos dispositivos de segurança, atualizados pelo empregador sempre que alterados os originais;
- Ano de fabricação;
- Categoria do vaso, atualizada pelo empregador sempre que alterada a original.
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